
Heráldica-Definições
DESCUBRA A ARTE DOS BRASÕES:6. Heráldica italiana, Nobreza e Genealogia
1.O Que é Heráldica ?
Chama-se Heráldica, a arte de formar e descrever Brasões de Armas, também designada ARMARIA ou Arte do Brasão. Teve seu princípio por volta do século XII, contudo sua origem vem a ser mais remota do que se pensa. Os símbolos pessoais e familiares são antiqüíssimos e com eles veio a Heráldica, quando eles foram utilizados dentro dos escudos de combate. Esta Arte esteve ativa até o final do Século XVIII, quando a febre política da República, um movimento novo que tomava conta do mundo desde a Queda da Bastilha na França, extingüiu, por vezes a fio de espadas, o Ofício de Brasonaria. Muitos Mestres D'Armas foram assassinados, Famílias inteiras eram banidas por continuarem ostentando seus Brasões nas soleiras de suas casas e Armoriais, livros que continham os Registros Brasonários desde o século XII, foram queimados em praça pública, tudo isso porque os republicanos temiam que através desses símbolos o povo continuasse ligado à Monarquia ou até mesmo, reivindicasse a sua volta. Sob a constante ameaça das lâminas republicanas foi fácil impedir que isso acontecesse. Alguns clãs, no entanto, conseguiram fazer com que a Tradição da Brasonária ficasse viva até os dias de hoje. Ocultaram os Armoriais em seus porões, alguns foram embalados em baús de madeira tratada, ou de louças e enterrados em suas Quintas. Outros, na clandestinidade, conseguiram passar de Mestre para Discípulo e de pai para Filho a Arte da Heráldica.
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Como surgiu a Heráldica ?
A idéia de um brasão com seus ornamentos e símbolos sempre nos lembra títulos de nobreza, castelos medievais, palácios, pompa ou tradição. Se você pensa assim, saiba que esta errada, pois "é através da heráldica, uma ciência e arte que produz e estuda os brasões, interpreta origens e significado simbólico e social da família, grupo, nação ou instituição", define o heraldista Gilberto Guzenski, uma das maiores autoridades brasileiras no assunto.
O estudo da heráldica alem de sublime, porque empolga qualquer historiador, tem a magia de atrair com seus segredos e disciplinas, os aficionados pelas artes em geral, a tal ponto que a maioria dos institutos heráldicos e geográficos possue uma seção de heráldica, que longe de ser uma ciência estática, evolui com o tempo e acompanha as novas conquistas do conhecimento humano.
Origem Militar
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"As origens da heráldica corrente são certamente militares e encontramos referência a ela em obras das mais altas antiguidades", diz Guzenski. No Antigo Egito, as figuras heráldicas tinham significação simbólica. Como os guerreiros nos combates usavam armas de proteção que cobriam a face, era praticamente impossível distingui-los uns dos outros se não tivessem qualquer sinal externo que os identificasse. Em épocas posteriores tornou-se necessário representar armas comuns a vários grupos de combate, a fim de facilitar a sua reunião em torno de uma bandeira. Esses símbolos representavam o Chefe. A Heráldica surgiu e se consolidou na idade Média, quando o brasão principiou a ter mais sentido de significação na Europa, principalmente na época da acentuada mística religiosa, de intenso romantismo de arte. "Período glorioso de paixões trasbordantes, de arte grandiosa e inexplicável superstições, em que a sociedade feudal, a nobreza, a cavalaria e o clero, estavam em seu apogeu, pode-se facilmente entender o entusiasmo que em todas as classes sociais despertavam, o uso do brasão, que é a evocação da família, propriedade, honra e alarde de arte; isto é, manifestação dos sentimentos morais e culturais". No tempo em que se engrandeceu a cavalaria, como grande manifestação de atitude e de honra, ocorriam os torneios, que eram lutas individuais ou em conjunto, entre cavaleiros. Na corte, a tarefa de anunciar alguma coisa para o povo era confiada aos ARAUTOS ou HERALDOS, que tinha a missão oficial de levar as declarações de guerra e estabelecimento da paz. Heráldica, cujo o nome, segundo alguns livros, vem da raiz da palavra alemã "har", de "haren",
que quer dizer "gritar" ou "chamar". O rei de armas sempre era escolhido entre os heraldos mais antigos. O papel dos Heraldos, era o de zelar por tudo que dizia respeito a brasões e títulos de nobreza, enfrentando os usurpadores de títulos e armoriais, cabendo-lhes a missão de publicar as datas das celebrações de festas e torneios entre as ordens de cavalaria, colocando em lugares bem visíveis os brasões dos cavaleiros que se enfrentariam. Os heraldos também tinham a missão de sortear o cavaleiro que teria o combate a seu favor - a condição de não lutar contra o sol.
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O escudo é tradicionalmente composto de nove partesou zonas, com vista à descrição da localização das peças no seu campo. |
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Antes do mais, há que ter em atenção que a direita e aesquerda do escudo são definidas em relação ao cavaleiro que o usaria, e que, portanto, estaria por trás do escudo. |
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Esquerda do escudo -Sinistra |
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A linha que delimita exteriormente o escudo é o bordo do escudo. |
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Bordo do Escudo |
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A zona superior, principal e mais nobre do escudo é ochefe. |
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À Direita do Chefe |
Chefe |
À esquerda do Chefe |
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Por extensão, todo o terço superior do escudo é, por vezes, designado por chefe, embora em rigor o chefe seja apenas a zona central do topo do escudo. |
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Chefe (por extensão) |
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As zonas laterais do escudo são os Flancos. |
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Flanco direito ou dextro |
Flanco esquerdo ou sinistro |
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O centro do escudo é o coração ou Abismo. |
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Coração ou Abismo |
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A zona inferior do escudo, oposta ao Chefe, é aPonta ou Contrachefe. |
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Cantão dextro da Ponta |
Ponta |
Cantão sinistro da Ponta |
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Da mesma forma que sucede com o chefe, designa-se por vezes por ponta todo o terço inferior do escudo |
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Ponta (por extensão) |
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Finalmente, existem dois pontos especiais que merecem uma designação própria: o ponto de honra, entre o Chefe e o coração, raramente usado, e o umbigo do escudo, entre o coração e a ponta, de uso ainda mais raro. |
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Ponto de Honra |
Umbigo |
A Heráldica tem como padrão o uso de metais, esmaltes e peles para o revestimento do Escudo são eles:
Os Metais
Ouro: Representado por sua cor natural ou, quando em Armoriais, por um campo branco salpicado de negro.
Prata: Representado por sua cor natural ou, quando em Armoriais, por um campo em branco.
Os Esmaltes

Negro: Representado por um campo de negro pleno ou, quando em Armorial por um campo quandriculado. O termo heráldico para este esmalte é "Sable"

Vermelho: Também chamado de "Gules", na heráldica, é representado por sua cor vermelha ou por um campo passado de filetes em vertical
As Cores
Azul: Representado por um campo de azul pleno ou, quando em Armorial por um campo passado de filetes postos em horizontal. O termo heráldico para este esmalte é " blue " ou " Azure .

Verde: Representado por um campo de negro pleno ou, quando em Armorial por um campo passado de filetes em banda. O termo heráldico para este esmalte é " Sinople ".

Purpura: Representado por um campo de lilás pleno ou, quando em Armorial por um campo passado de filetes em contrabanda.

Vinho: Representado por um campo de vermelho escuro pleno ou, quando em Armorial por um campo fretado.

Escarlate: Representado por um campo de sua cor pleno ou, quando em Armorial por um campo passado de filetes na horizontal sobrepostos de filetes em banda. O seu termo heráldico é ""Sanguine".

Marrom: Representado por um campo de sua cor pleno ou, quando em Armorial por um campo passado de filetes na vertical sobrepostos de filetes em banda. O seu termo heráldico é "Tan" ou "Marroon" .

Laranja: É uma cor de rara utilização na Heráldica Latina, sendo mais utilizada nos países de origem Anglo-Saxonicas. quando em Armorial por um campo passado de filetes entrecortados por pontos. O seu termo heráldico é "Orange".
As Peles
No início do uso dos escudos de guerra na representação dos clãs e dos Guerreiros que os portavam, era natural o revestimento dos escudos com peles de animais nobres como o Arminho cujas representações gráficas seguem abaixo:
Mosqueta:Elemento presente na pele alva do Arminho, muito utilizado na confecção dos Mantos Reais que adornavam os ombros dos Monarcas:
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Arminho Natural
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Contra-Arminhos
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Arminho Douro
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Contra Douros
Veiros: São peles entrecortadas e arrumadas de tal forma que se veja o verso e anverso .
Countra-veiros
Veirado em Pontas
Veirado em Pala
De Potenteias
De Contra potenteias
Potenteias em ponta
Em Escamas ou "De Papellone"
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Plumetes: Rarissíma essa representação de pele.
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1. Honrarias
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Pala |
Faixa |
Banda |
Contrabanda |
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De ouro, com uma pala de vermelho. |
De prata, com uma faixa de azul. |
De vermelho, com uma banda de ouro. |
De azul, com uma contrabanda de prata. |
2. Os Animais
O Leão
O Leão é uma das figuras mais empregadas na heráldica, sendo encontrado nos brasões de inúmeras famílias e nas armas de diversos países.
Em medalhística podem ser encontradas ordens tendo o leão como tema e motivação: Ordem do Leão de Zaehring, de 1812; Ordem do Leão de Ouro, organizada em 1079 por Frederico II; Ordem do Leão e do Sol, da Pérsia, fundada em 1808; Ordem do Leão Neerlandês, de 1815, organizada por Guilherme I, entre outras.
As diversas posições com que se apresenta o leão são mostradas na figura seguinte.
Algumas posições usuais na representação heráldica do leão.
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No campo do brasão podem aparecer um ou mais Leões, sendo que o número total não pode ser superior a dezesseis.
Nos brasões infamados, assim classificados pela prática condenável do seu dono, caso exista a figura de um leão, este é representado desprovido de cauda e dentes.
As vezes o Leão aparece composto com outros animais, como a Águia. Neste caso, passa a chamar-se Grifo. Esta peça, com a parte superior de Águia e corpo de Leão, é encontrada nos brasões de muitas famílias, como por exemplo dos Bachasson, Dauyat e Doriac.

Brasão de armas destacando-se a figura do grifo.
A presença do Leão no brasão de armas insinua força, grandeza, coragem, nobreza de condição. Também caracteriza domínio e proteção, condições que deve ter um superior sobre aqueles que domina.
Nos brasões portugueses e espanhóis o leão representa, em muitos casos, aliança com a casa real de Leão (Espanha) ou concessão por ela outorgada.
Outros Animais Quadrúpedes
O Leopardo apresenta-se nos brasões da maneira chamada "passante", com a pata dianteira erguida. A Pantera também é representada passante, o Tigre correndo, o Urso pode ser rompante (em posição de combate), passante ou levantado. O Lobo é representado andante, com a pata dianteira levantada. É muito freqüente na armaria Vasco-Navarra, já que é insígnia da batalha de Arnigorriaga.
O Cavalo é representado marchando, o Touro e a Vaca parados ou andantes, e o Javali andante e de perfil. O Coelho e a Lebre podem aparecer passantes, correndo, deitados ou como presa.

Alguns animais quadrúpedes utilizados na heráldica.
3.Os Castelos
Os Castelos tiveram uma importância muito grande nos tempos medievais, pois eram poderosos baluartes de defesa e residência de imperadores e reis. No seu interior reuniam-se os exércitos, camponeses e vassalos, além dos rebanhos e toda produção da terra, que ficava a salvo da cobiça dos inimigos. Esses castelos tinham meios próprios de subsistência, visto que muitas vezes eram assediados e cercados por longo tempo.
A figura do Castelo, por tais condições e por seu simbolismo, é muito empregada na heráldica, obedecendo a determinados critérios para seu desenho. Uma regra geral, nem sempre observada na prática, estabelece a composição entre metais e esmaltes: se o Castelo for desenhado com um esmalte (cor), as suas portas devem ser de metal; quando o Castelo é desenhado em ouro, as aberturas (portas e janelas) deverão ser representadas em vermelho; se o Castelo for de prata, as aberturas devem ser representadas em preto.
O Castelo não deve ser confundido com a torre. O seu desenho deve apresentar-se rigorosamente em um só bloco, com uma porta e duas janelas, o todo sobreposto por três torres, geralmente com a do meio maior que as das laterais.
A presença do Castelo em um brasão de armas significa que o seu portador participou com destaque em tomadas de assalto, ou despojos conquistados. Quando representado de portas abertas indica sucesso na defesa ou tomada.

Alguns exemplos de castelo em brasões de armas.
Tanto nos brasões portugueses quanto nos espanhóis o Castelo representa, muitas vezes, aliança com a casa real de Castela. Nos brasões portugueses concedidos na segunda dinastia, os Castelos são alusivos a feitos de armas praticados no ataque ou defesa de praças de guerra do norte da África e outras conquistas. Os Castelos sobre ondas representam feitos ligados a praças marítimas.
Finalmente, se o Castelo for representado em prata sobre um campo de azul, pode-se afirmar que o seu possuidor era pessoa de grande virtude.
4.A Torre
A Torre tem seu desenho próprio, não devendo ser confundida com um Castelo. A palavra provém do latim "turre", é uma peça que se apresenta isolada e, conforme o seu desenho, tem sua significação. A Torre é parte de destaque do Castelo e geralmente é representada com uma porta e duas janelas. A Torre mais alta ou de maior proeminência do Castelo é chamada de Torre de Homenagem; quando aparece com três Torres sobrepostas se diz donjonada quando podem ser notadas as janelas, esclarecida; quando aparece o teto, coberta; quando tem a porta com grade e pontas na parte inferior, é gradeada; quando a Torre vem com chamas nas janelas e sobre as ameias ou seteiras se diz ardente. A Torre apresenta o seu corpo na forma arredondada. Já o Torreão constitui uma derivação da Torre original, pois a forma do seu corpo é quadrada ou retangular, com uma porta e quatro ameias.

A torre, o torreão e o torreão ardente.
5.A Flor de Lis
Na heráldica a figura da Flor-de-lis tem muita importância, não só porque simboliza e fixa características ligadas à família, pessoas, locais, como por ser uma peça constantemente encontrada nos brasões franceses, isto por ter sido este o símbolo da sua monarquia.
A Flor-de-lis é símbolo de poder e soberania, assim como de pureza de corpo e alma, candura e felicidade.
A origem do símbolo é muito controvertida e o que se sabe é que seu surgimento não data de pouco tempo. Sabe-se que foi usada nas armas da França em 496, na vitória de Tolbiacum (Zulpich), onde os francos de Clodoveu, derrotaram os alemães e coroaram-se de lírios. Seu desenho era colocado no manto de reis já na época pré-cruzada, na indumentária de luxo dos reis de armas, nos pavilhões, nas bandeiras e, ainda hoje, em vários brasões de municípios franceses.
Garcia IV, rei de Navarra, que viveu pelo ano de 1048, passou a adotar o desenho como símbolo de seu reinado, após ter visto uma imagem de Nossa Senhora desenhada no fundo de um lírio e logo após ter se curado de uma grave enfermidade.
No ano de 1125, a bandeira da França apresentava o seu campo semeado de Flores-de-lis, o mesmo acontecendo com o seu brasão de armas até o reinado de Carlos V (1364), quando estas passaram a ser apenas em número de três. Este rei adotou oficialmente o símbolo como emblema, para honrar a Santíssima Trindade.
Outros historiadores relatam que antes disso o símbolo começou a ser utilizado no reinado de Luiz VII, o Jovem (1147), e como emblema da cidade de Florença. Além disto, aparece em numerosos brasões desde o século XII. Quanto a este rei, foi ele o primeiro dos reis da França a servir-se desse desenho para selar suas cartas patentes, principalmente devido à alusão ao seu nome Luiz, que então se escrevia "Loys". Os reis Felipe Augusto e S. Luiz, conservaram o lis como atributo real, o que seus descendentes perpetuaram.
Alguns heraldistas afirmam que a Flor-de-lis teve sua origem na flor-de-lótus do Egito, outros que sua origem provem da alabarda ou lírio, um ferro de três pontas que se colocava, fincados, nos fossos ou covas para espetar quem neles caísse e também da flor do lírio ou da íris cuja semelhança é encontrada quando as analisamos de perfil. Ainda outra possível origem é aventada, a que seja uma cópia do desenho estampado em antigas moedas assírias e muçulmanas.
A Flor-de-lis deve ser representada por desenhos padronizados, jamais feitos livremente. São brasonados ao natural, mas podem ter cor de um esmalte ou de um metal.

A Flor-de-lis em várias representações.
Quando acontece de um brasão ser carregado de Flores-de-lis, o que é comum em brasões franceses, se diz Flordelizado e se a mesma aparecer cortada ou sem pé, então deve ser dita de "Pé morto"; quando a representação vier acompanhada de dois botões ladeando uma pétala de maior tamanho, é denominada Flor-de-lis florentina. Como timbre não é comum. Todavia aparece nos brasões de armas dos Macieira, Macoula e Maciel.
As Flores-de-lis são muito freqüentes nos brasões portugueses. Representam, em geral, uma concessão dos reis da França, principalmente quando assentam sobre campo azul, e só em casos raros, como o dos Nápoles e dos Lacerda, representam parentesco ou aliança com a Casa Real francesa.

Brasão dos Nápoles, contendo flores-de-lis por ligação com a Casa Real francesa.
6.A Cruz
Na heráldica, a aplicação da Cruz é muito ampla. Isto decorre principalmente da enorme quantidade de formatos que a ela são dados na confecção dos brasões. Além disto, há um vasto uso na heráldica religiosa, tumular e na confecção de condecorações, bandeiras e insígnias. A correta definição de Cruz é a de uma figura formada por uma pala e uma faixa cruzadas, mas sem continuidade entre elas.
Um dos formatos mais primitivos da Cruz foi usado pelos gregos e pelos egípcios há 5 mil anos e tinha a forma de um "T" encimado por um anel, símbolo de divindade, e que se chamava Cruz de Ankl.
A primeira vez que a Cruz foi oficializada como símbolo, neste caso de fé, aconteceu no reinado de Constantino. Isto ocorreu devido ao imperador ter sido, surpreendentemente, vencedor da batalha contra Mexêncio. Daí por diante, na vanguarda do exército Constantino, sempre era conduzido um estandarte composto por uma Cruz com a legenda "IN HOC SIGNO VINCES" (com este sinal vencerás). O uso da Cruz como elemento de brasão de armas nasceu com as cruzadas. As grandes ordens de Cavalaria como São João, dos Templários, de Calatrava, de Malta e outras escolheram a cruz como seu símbolo. Os duques de Saboya trazem em seu escudo uma Cruz branca como lembrança de terem socorrido a Rhodes contra os turcos. Muitas famílias da nobreza européia trazem a Cruz em seus escudos, como lembrança de terem tomado parte nas cruzadas. Os contingentes das cruzadas de diferentes países distinguiam-se no uso da Cruz; os escoceses usavam a Cruz de Santo André; os ingleses, uma Cruz de ouro; os alemães, de negro, os italianos, de azul e os espanhóis de vermelho. Eduardo III da Inglaterra, reivindicando a Coroa da França, adotou a Cruz vermelha para seu exército em 1335 e a França, para evitar confusão, ficou com o branco. Enfim, ainda hoje a Cruz Vermelha de São Jorge caracteriza a Inglaterra, assim como, depois de outra mudança, a Cruz branca caracteriza a Itália. Portugal ficou caracterizado pela Cruz azul que o conde de São Henrique trouxe para a Terra Santa.
Na heráldica portuguesa, desde 1459, encontra-se a Cruz em muitos brasões. Quanto à heráldica brasileira, muitas famílias apresentam a Cruz sob várias formas. Entre os barões, encontra-se, por exemplo, a Cruz nos sobrenomes Abadia, Alegrete, Catumbi, Guarulhos e Saquarema, entre outros.

Exemplos de brasões de armas contendo cruzes.
7.As Figuras Quiméricas
As chamadas Figuras Quiméricas surgiram da imaginação dos poetas e cantadores da idade média, provavelmente inspirados pela mitologia fantástica da antiguidade. O uso destas figuras na heráldica é muito antigo e freqüente, aparecendo nos brasões de família pelo simbolismo que podem representar. Existem muitas Figuras Quiméricas, sendo relacionadas abaixo algumas das principais, na descrição de Silveira (1972).
Grifo – figura com cabeça e garra de leão, asas de águia, orelha de cavalo, com barbatanas ao invés de crinas.
Licórnio ou unicórnio – animal quimérico que tem forma de cavalo, cauda em ponta e, no centro da testa, um chifre agudo, vindo daí seu nome. Esta figura é muito utilizada na heráldica, fazendo parte de cimeiras, ladeantes, nos escudos de armas e empregada como suportes do brasão.

Unicórnio (Licórnio) em brasão de armas.
Dragão – nome que vem do latim "dracone" e do grego "dracon". Animal fantástico com garras, cauda de serpente terminada em arpão e cabeça de crocodilo. Este ser quimérico está ligado à figura de São Jorge, padroeiro da Inglaterra, sendo também consagrado à Minerva, deusa da caça e da sabedoria, e ao nome da Ordem chinesa do Dragão. Veja figura 12.
Esfinge – é um animal com cabeça e busto de mulher, corpo de leão, asas de águia, que entre os egipcios representava o sol. Esta figura foi difundida pela lenda de Édipo.
Hidra – figura quimérica, representada por uma serpente monstruosa com corpo de dragão alado, com sete cabeças. De acordo com a lenda, habitava os campos de Lerna, na Argólia. É evocada na lenda dos trabalhos de Hércules, que conseguiu matá-la abatendo as suas sete cabeças de uma só vez..
Centauro – monstro fabuloso, que tinha a parte superior do seu corpo de homem e o restante de cavalo. Sua lenda é registrada nos frisos do Partenon, na ilha grega de Creta, e conta o combate dos centauros nas bodas de Piritoo, rei dos Lápidos. Este, auxiliado por Teseu e Hércules, teria eliminado aqueles seres.
Hárpia – figura de um monstro com rosto e pescoço de mulher e o resto do corpo de um abutre, com unhas em forma de garras. Na heráldica é sempre apresentada de frente e com asas distendidas.
Sereia – outro ser fantástico, que tem a parte superior do corpo de mulher e o restante de um peixe. Conforme a lenda, ela costumava cantar para seduzir os pescadores e levá-los para o fundo do mar. É representada geralmente com um espelho na mão direita e um pente na esquerda.
Fênix – figura mitológica que habitava os confins do deserto da Arábia. Tinha possibilidade de viver muitas dezenas de anos e, quando se sentia morrer, fazia seu ninho com ervas e essências perfumadas, ficando ali aninhada, deixando o sol incendiar tudo. Porém, acontecia que sempre ressurgia das suas próprias cinzas.
Pégaso – é o cavalo alado, surgido, segundo a lenda, do sangue de Medusa, no momento em que Perseu lhe cortou a cabeça. Pégaso simboliza a inspiração e o gênio da poesia.
Quimera – monstro com o corpo de um leão, cabeça de cabra e cauda de dragão, soltando fogo pela boca.
Hipógrifo – cavalo alado, com meio corpo de grifo, tendo as patas dianteiras em garras.
Medusa – uma das Gorgonas, que tinha lindos cabelos, mas como tivesse ofendido Minerva, a deusa da Sabedoria, teve os seus cabelos transformados em serpentes, sendo depois a sua cabeça decepada por Perseu.

O Dragão no Brasão dos Beuax de França

Elmo, Timbre, Virol e Paquifes
O elmo era uma das partes mais importantes da armadura dos cavaleiros medievais, uma vez que protegia a cabeça de golpes e pancadas que frequentemente poderiam ser fatais. Ainda hoje, os capacetes dos motociclistas e pilotos em geral exercem uma função idêntica à dos elmos…
Mas o elmo tem uma importância especial para a heráldica, uma vez que esteve entre as suas causas fundamentais. De fato, foi a difusão do uso de elmos fechados, impedindo o reconhecimento rápido de quem estava dentro da armadura, que forçou à utilização de símbolos e cores identificadores nos escudos e, em última análise, levou à criação de um sistema organizado e codificado de emblemas individuais – a simbólica heráldica.
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Capacete Idade do Bronze |
Capacete grego |
Capacete romano |
Sabe-se que os guerreiros usaram capacetes ou alguma forma de proteção para a cabeça desde a Idade do Bronze, e gregos e romanos fizeram desses capacetes a parte mais importante e vistosa do seu equipamento. Mas só no século XII a evolução das artes da guerra e da tecnologia militar levou à necessidade da utilização de Elmos fechados, como proteção contra as flechas dos arqueiros, cada vez mais eficazes, e também contra os golpes das espadas, machados e maças de armas.
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Alguns tipos de Elmos, mostrando a sua evolução em linhas geraisA forma dos elmos registrou diversas evoluções e alterações, desde os mais antigos, quase cilíndricos, apenas com uma fresta para os olhos, até aos elmos de parada dos séculos XVIII e XIX, profusamente decorados e já meramente ornamentais. O elmo heráldico clássico, porém, é o elmo de torneio, de viseira articulada, aberta ou com grades, característico dos séculos XV-XVI.
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Reprodução de um elmo fechado do século XII utilizado pelos Cavaleiros Templários
São estes os três tipos de elmos mais representados em Heráldica e as suas correspondentes estilizações na Heráldica
Os elmos foram, na verdade, fundamentais nos torneios e justas, e isto condicionou em certa medida a sua própria evolução (bem como a das armaduras). A violência do embate entre dois cavaleiros que procuravam derrubar-se mutuamente com as lanças levou ao desenvolvimento dos elmos, os quais se prolongaram até proteger totalmente o pescoço e descendo para os ombros de forma a poderem fixar-se solidamente no tronco da armadura. É esta a origem da forma mais divulgada do elmo heráldico. Por outro lado, quando os torneios deixaram de se disputar com lanças e passaram a consistir apenas num combate com maças de armas, o elmo deixou de precisar de ser tão fechado na face e surgiram as viseiras de grades, cuja representação heráldica, em certos países, é exclusiva da nobreza.
Foram ainda os torneios que difundiram a utilização de figuras sobre os elmos, como forma de facilitar o reconhecimento da identidade do cavaleiro e aumentar a sua visibilidade pelos espectadores. Estas figuras eram, normalmente, uma das peças pintadas no escudo, e originaram os timbres no desenho heráldico. A sua riqueza decorativa é inegável, mas muitos brasões ostentam timbres que seria fisicamente impossível colocar sobre um Elmo, ou que nenhum cavaleiro conseguiria equilibrar na cabeça…
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Timbres dos Sousas e dos Pereiras, no "Livro da Nobreza e Perfeição das Armas", de António Godinho (1516-1528)
Em rigor, o Elmo heráldico deve ter de altura a mesma medida que a largura do escudo, e o timbre a mesma altura do escudo, mas raramente se encontram desenhados com tal precisão.
Proporções ideais do elmo e timbre
Na heráldica portuguesa, o elmo é o principal distintivo da nobreza, papel ocupado noutros países pela coroa. O elmo pode constituir uma peça móvel do brasão, caso em que é normalmente representado cerrado e de perfil, devendo indicar-se, ao brasonar, o seu número, esmalte e posição; mas a função essencial do elmo na heráldica é figurar como ornato exterior do escudo, colocado sobre o seu bordo superior.
Quando o Elmo tem a viseira levantada, diz-se aberto e é colocado a três quartos; com a viseira descida chama-se cerrado e põe-se de perfil.
Diz-se guarnecido de outro esmalte o Elmo que tem na viseira e no seu Bordo inferior uma virola ou filete desse esmalte.

Elmo guarnecido de ouro
Para a nobreza, o elmo deve ser de prata. O Elmo de ouro deve ser posto de frente e o seu uso compete apenas aos reis, príncipes de sangue real e duques soberanos. Embora em alguns casos surjam Elmos postos de frente em brasões de nobres titulares, tal prática não deve ser aceite. Alguns autores, contudo, não reconhecem valor histórico às distinções nos Elmos. Note-se que Jean du Cros, no Livro do Armeiro-Mor (c. 1509), empregou Elmos de prata e de ouro sem um critério aparente (tal como, de resto, o fez depois António Godinho no Livro da Nobreza e Perfeiçam das Armas); mas a regra heráldica, comum a diversos países, é a da exclusividade do uso de Elmo de ouro pelo Rei.

Armas de D. Manuel no Livro do Armeiro-Mor (c. 1509). Note-se que o Elmo, que, corretamente, é de ouro e coroado, deveria estar de frente...
Assim, na armaria portuguesa, o Elmo é quase sempre de prata, aberto, guarnecido de ouro. Era esta a regra para os nobres de mais de três gerações; os recém-nobilitados, até à terceira geração, usavam elmo de prata, cerrado, guarnecido de ouro.
O elmo pode ser coroado, quer pela coroa real, quer por coronéis de titulares; mas este uso é raro na heráldica portuguesa.
A posição normal do Elmo é assente sobre o topo do escudo, virado a três quartos para a direita do mesmo. O elmo de frente, como vimos, é exclusivo do Rei; o elmo voltado para a esquerda indica normalmente bastardia, mas é de uso raríssimo. Igualmente rara hoje em dia, mas possível, é a representação do Elmo de perfil.
Quando o escudo estiver colocado “ao ballon”, ou seja, inclinado para a direita, o elmo deve manter-se vertical e assentar sobre o canto esquerdo do escudo, aquele que fica superior. O que nunca deve acontecer, em termos de desenho heráldico, é o Elmo ficar suspenso no ar, “flutuando” sobre o escudo.
A heráldica francesa estabeleceu regras pormenorizadas para o desenho dos elmos, atribuindo significados específicos à cor do forro, ao número de grades da viseira e outras minúcias mas tais regras não são observadas em Portugal.
O desenho do Elmo é completado pelo virol, a Coroa do grau de Cavaleiro, e pelos paquifes uma plumagem que trazia sempre as cores da família ou do clã ao qual pertencia o nobre.

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6.Heráldica italiana, Nobreza e Genealogia
Foram publicados muito poucos trabalhos nos tópicos de heráldica italiana, nobreza e onomatologia . Ainda todos os três campos dependem de pesquisa genealógica. Esta apresentação concisa não é planejada como um tratado histórico, mas apenas como um guia simples para os interessados por estes assuntos .
Em linguagem comum, heráldica (araldica em italiano) é o estudo de brasões. Historicamente, o termo refere-se as funções de arautos, os oficiais de tribunal reais responsável por manter registros de brasões e títulos de nobreza. Embora ainda são prendidos tais oficiais a casas reais no Reino Unido e Espanha, a monarquia italiana foi abolida em 1946.
Títulos de nobreza e brasões não são reconhecidos pelo governo da República italiana, mas nenhum é de uso ilegal. Alguns organizações privadas na Itália reconhecem títulos nobiliários, o della de Corpo Nobilta Italiana e a Ordem Militar Soberana de Malta que são os mais conhecidos hoje. (tal reconhecimento requer prova genealógica extensa de nobreza de patrilineal.)
No meio do décimo segundo século, durante a regra normanda na Itália, brasões desenvolveram-se como insígnia distintivo pintado nas proteções de cavaleiros e outros nobres. Em combate, o amigo e inimigo poderiam identificar o cavaleiro completamente blindado cuja face era escondida por um capacete, de acordo com o desígnio colorido em sua proteção.
O mesmo desígnio se apareceu em sua armadura, conseqüentemente o termo " brasão ". Com tempo, o direito para usar certo (brasões), como também títulos feudais (i.e. conta, barão, etc.), passou de pai a filho. Considerando que esta insígnia e títulos são propriedade das famílias particulares, é obvio que famílias sem conexões que através de mera coincidência compartilham os seus sobrenomes (se Ferrar, Rosso, Smith ou Jones) não pode reivindicar estes brasões ou títulos de nobreza como seus.
A natureza hereditária de brasões e títulos de nobreza é prontamente aparente se o seu desenvolvimento histórico é considerado. Tão de perto unido é heráldica a genealogia que a palavra italiana para brasão, stemma é o latino para árvore familiar. Na maioria dos países, inclusive na Itália, um brasão é uma indicação de nobreza (i.e. aristocracia hereditária). A pesquisa genealógica é o único meio de demonstrar isto.
Infelizmente, existem na Itália e em outros lugares, várias empresas, as quais administram pesquisa genealógica, que enganam seus clientes e os levam a acreditar estarem possuindo genuínos brasões ou até mesmo títulos de nobreza.
Sustentam a credibilidade de tal fraude, estas agências, enquanto incluindo dois institutos genealógicos bem conhecidos em Florença, cita fontes históricas e às vezes se prende a linhagens de família às suas mercadorias. Repleto com selos ornato, estes documentos aparentemente " oficiais " proporcionam para o cliente pouco mais que uma fantasia cara. A maioria dos italiano que se acreditam intitulada a brasões são as vítimas de tal fraude. Em muitos casos, eles são as crianças ou netos dos enganados, como alguns vendedores de heráldica fraudulenta fazem negócios por gerações!
Alguns historiadores familiares destinam para eles (ou seus antepassados) brasões ou linhagens aristocráticas tiradas de referências descobertas de bibliotecas públicas. O investigador provavelmente compartilha não mais que um sobrenome com a família famosa cuja história ele reivindicou. Milhares de famílias ordinárias agüentam tais sobrenomes famosos coincidentemente como Medici, Ester, Grimaldi, Visconti, e Savoia, não tendo nenhum parentesco com as dinastias antigas que também utilizavam estes nomes.
Onomatologia é o estudo das próprias origens do nome, deve ser checado com precaução. Qualquer orador nativo de italiano sabe que Ferraro deriva da palavra para ferreiro, e aquele Rosso quis dizer o ruivo; as origens de nomes toponímicos (Veneziano, Calabrese, Milano) também merecem tal precaução. Porém, a origem de um nome menos freqüente grandemente pode depender do dialeto da região na qual a família se originou. Em outras palavras, o mesmo sobrenome poderia ter uma derivação particular na Sicília, mas outra raiz em Piedmont.
A menos que o investigador saiba a origem regional da família, ele poderia atribuir a etimologia de Piemontese ao sobrenome Siciliano, ou vice-versa. Porque Piemontese é como distinto de siciliano como romeno é de francês, onomatologias podem variar consideravelmente. Enquanto pesquisa de onomástica é mais provável ser precisa quando a região da família de origem é conhecida, a maioria da conduta de empresas tal pesquisa sem este conhecimento. Furtermore, são rachados onomatologias atribuídos a certos sobrenomes por alguns autores.
São encontradas freqüentemente conclusões de Onomástica preocupadas com sobrenomes patronímicos . O sobrenome Di Cesere por exemplo, deriva da raiz latina César, mas esta etimologia tem pouco a ver com o uso de família deste nome na Itália hoje. Em realidade, as famílias italianas que usam este sobrenome descem de ancestrais medievais que usaram o Cesare como um determinado nome, enquanto não tendo nenhuma descendência dos imperadores Juliano da Roma antiga. Como analogia, nem todos os Frenchman descendem dos reis de Bourbon da França.
A precisão do titulo heráldico, nobiliário e conhecimento de onomástica depende da genealogia; interpretação objetiva de tópicos podem fazer a diferença diferença entre a história real da família e um folclore familiar fantástico.
Como os Genealogistas Profissionais Determinam a Nobreza Ancestral na Itália
Esta apresentação histórica concisa não é planejada como um tratado sociológico exaustivo, mas como uma introdução geral para o leigo. É presumido que o leitor já revisou Heráldica italiana, Nobreza & Genealogia. Por causa da natureza altamente individual de projetos genealógicos e heráldicos, muitas destas observações são necessárias.
Não podem ser comparadas práticas nobiliárias italianas diretamente a esses de outros países, como Escócia ou Rússia. Até mesmo dentro da Itália, devem ser consideradas diferenças regionais porque até aproximadamente 1870 esta nação não existiu como um estado politicamente unificado.
A República italiana foi fundada através de referendo popular em 1946. Dois anos depois, a Constituição italiana estabeleceu que dali em diante títulos de nobreza e brasões não seria reconhecido oficialmente pelo estado, embora em alguns casos o predicato (designação territorial) associado com uma família titulada poderia ser prendido legalmente a um sobrenome.
Assim, a família de Lanza, príncipes de Trabia, já não utilizavam mais, em documentos legais (passaportes, etc.) seu título (de príncipe), mas seu sobrenome cheio que era de Lanza Trabia, não simplesmente " Lanza ". É importante observar que o uso de títulos aristocráticos na Itália não foi de nenhum modo proscrito, e títulos históricos são freqüentemente usados, como os títulos de cavaleiro e dama, reconhecidos em alguns casos.
Uma conseqüência da falta de reconhecimento governamental de títulos na Itália é a proliferação de impostores com títulos fraudulentos.
Enquanto não existe nenhum meio para solicitar o "reconhecimento oficial" de títulos nobres italianos ou brasões, algumas organizações privadas, como esses associados com as dinastias governantes anteriores, continuam reconhecendo estes.
Os maiores títulos de nobreza são Principe (o Príncipe Nobre), Duca (o Duque), Marchese (o Marques), Conte (Conta), Visconte (o Visconde) e Barone (o Barão). A esposa ou viúva de um destes nobres é nomeada pela versão feminina do título de seu marido - Principessa, Duchessa, etc.
Em tempos anteriores, o filho de um nobre era intitulados ocasionalmente por cortesia pelo título de seu pai . Os títulos secundários de nobreza são Patrizio (o Patrício), Nobile (o Nobre) e Cavaliere Hereditário .
A evidência histórica do título nobiliário de um antepassado é normalmente óbvia e pode ser confirmada por investigação jurídica através de documentos que criam ou reconhecem o grau. O uso anterior de certos títulos (particularmente o barão) sem autoridade deve ser considerado em alguns casos porque as famílias rurais de nobreza sem titulo foram identificadas freqüentemente como " baronial " na ausência de propriedade feudal ou reconhecimento pela coroa.
Nobile é o grau aristocrático mais freqüente na Itália porque, além de famílias que nunca foram intituladas de fato, os filhos mais jovens (os cadetes) de nobres titulados foram considerados tradicionalmente como nobili.
Assim a pessoa encontra tal uso como, por exemplo, Giuseppe dei de Lanza di de Principe Trabia (Giuseppe Lanza dos Príncipes de Trabia). além desses cuja nobreza sem titulo foi reconhecida formalmente, havia famílias de nobreza rural que foram consideradas através de tradição para ser da nobreza secundária - uma classe italiana análoga à pequena nobreza pousada na Inglaterra. Estabelecendo o estado nobiliário de tais famílias depende de vários fatores e é essencialmente o dobro.
Primeiramente, a evidência documentária tem que indicar os vários antepassados da mesma linha que foram outorgados com honras ou títulos (Magnífico, Ilustríssimo, Dom) estes eram registrados em cartórios ou igrejas antes do décimo nono século.
Tais designações eram bastante aplicadas em séculos passado, especialmente em localidades rurais onde qualquer negociante alfabetizado poderia ser nomeado " Dom ". Enquanto a maioria dos funcionários locais ou proprietários de terras ricos não pudesse reivindicar nobreza, o uso de tais títulos serve para apoiar a possibilidade de nobreza em alguns casos.
Secundariamente, evidência heráldica associada tem que existir. Para a família deve ter sido atribuída um brasão que se refere àquela família em particular, não para outra na mesma região que coincidentemente usou o mesmo sobrenome. O brasão poderia ser achado como a gravura em uma residência ancestral ou como selo em um documento. Talvez foi registrado em uma referência heráldica que menciona um provado (e legitimo) antepassado.
Uma evidência circunstancial é importante, mas pode estar enganada. Por exemplo, a pessoa poderia concluir que os habitante que compartilham o sobrenome do Duque local são da mesma família, e então nobles. Porém, pesquisas poderiam demonstrar bem o contrário, porque eles poderiam descender dos criados da família do Duque.
Uma história freqüente é esta, de um antepassado ter sido filho ilegítimo de um nobre. Tipicamente, ele nasceu a uma mãe solteira cuja a família buscou salvar a dignidade alegando paternidade aristocrática subseqüentemente. É normalmente impossível provar isto.
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7.O seu nome e a Heráldica
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Na Europa da idade média, no calor das batalhas, viver ou morrer dependia de saber distinguir o amigo do inimigo. Essa era uma tarefa difícil, com os cavaleiros cobertos por armaduras.
Assim, cada combatente costumava decorar seu escudo e sua túnica com um distintivo único, que o diferenciava dos demais. Surge então a heráldica, nome proveniente do inglês "heralds", que eram os homens encarregados pelos reis para desenhar os brasões.
Arte que nasceu para atender a nobres e cavaleiros, expandiu-se com o surgimento dos reinos e cidades, onde cidadãos importantes recebiam a sua cota de armas.
Praticamente todas as famílias de origem européia têm o seu brasão registrado nos antigos livros de armas.
Título de Príncipe
O título de príncipe, em praticamente todos os países que tiveram ou têm monarquia, não é concedido, mas sim herdado dos pais Reais desde o nascimento. Na Espanha, por exemplo, o herdeiro da Coroa ostenta o título de Príncipe das Astúrias. Isto acontece desde o reinado de Don Juan I, que o concedeu a seu filho, o Infante Don Enrique (mais tarde Enrique III, 1379-1406). Os raros casos de concessão do título para um descendente não real espanhol foram suspensos e substituídos por títulos de duque e/ou conde. Na Espanha, o decreto de 4 de junho de 1948 restabeleceu a validade de títulos nobiliários.
Título de Duque
Um dos primeiros a se intitular Duque foi o Conde de Castilla, Fernán Gonzáles, em 1029, que se auto-apelidava Duque dos Castellanos. Mas os primeiros ducados considerados como títulos nobiliários e com caráter hereditário só se homologaram no reinado de Don Enrique II, que titulou Beltrán Duguesclin como Duque de Sória e de Molina, em 1370, e Don Fadrique de Castilla, seu filho, como Duque de Benavente. O primeiro ducado reverteu à Coroa por compra e o segundo por morte, na prisão do Infante Don Fadrique, por se ter colocado contra seu irmão, o rei Don Juan I de Castilla. Daquele tempo até o reinado de Felipe II houve vinte fidalgos que ostentaram o título de Duque. Na Espanha este título era designado para o principal e mais importante fidalgo general do rei. Em Portugal era usado tão somente para os filhos do rei ou parentes mais próximos e, como no restante da Europa, teve maior uso no século XIV. Naquele país o titular gozava da mais alta autoridade e de mais extensa jurisdição. Suas funções incluíam o comando geral dos exércitos do país. Na Itália confiava-se aos Duques a administração militar e civil de cidades e províncias.
Título de Marquês
O Marquês é definido pelos escritos históricos como "senhor de alguma terra que está em comarca do reino". Na Catalunha foram intitulados Marqueses os governadores da marca hispânica, costume seguido pelos Condes de Barcelona. O marquesado mais antigo remonta a Henrique II de Castela que, em 1336, concedeu o título a Don Alonso de Aragón, tio do rei Don Pedro de Aragón. Em Portugal, também o marquês era o governador das marcas fronteiriças.
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8.Os Brasões da Sala de Sintra
O Rei Dom Manoel I, o Venturoso (1495 a 1521), foi quem fez reunir pelo reino de Portugal todos os brasões, insígnias e letreiros, para acabar com o livre arbítrio no uso das armas e concessão de brasões. Com este material, transcrito e falado, planejou fazer um livro onde fossem pintados os brasões. Consta que existiram três livros de brasões, dos quais restaram apenas dois. O Livro Antigo dos Reis d`Armas, escrito por António Godinho, escrivão da Câmara Real, teria desaparecido quando um terremoto destruiu o Cartório da Nobreza. Restaram o Livro do Armeiro-Mor, datado de 15 de agosto de 1509, escrito por João Rodrigues, Rei de Armas de Portugal e o Livro da Torre do Tombo, escrito pelo Bacharel Antonio Rodrigues, também Rei de Armas de Portugal.
Após a conclusão da obra o rei mandou pintar o teto de um palacete, localizado no Paço de Sintra, com os brasões das 72 principais famílias lusas da época, ilustres em honra, história e bens. A execução ocorreu entre os anos de 1515 e 1520 e todos os brasões estão assentes no ventre de veados, sobre cujas cabeças repousa o timbre de cada família. No centro do teto da sala, que mede 14 por 13 metros, encontram-se as armas do rei, circundadas por seis brasões portugueses representando sua descendência masculina (os príncipes) e dois brasões em lisonja representando sua descendência feminina (as princesas).
Sintra, sem dúvida é um lugar inesquecível pela deslumbrante beleza de seus sítios bem cuidados. Situada quase ao lado de Lisboa, a pequena cidade é conhecida pelo verde dos cedros, pinheiros e samambaias e pelo Palácio da Pena, construído no século dezoito por D. Fernando II, reunindo todos os estilos - neogótico, romântico, mourisco e manuelino.
Mas o melhor do Vastíssimo palácio, pelo menos onde os visitantes mais se deslumbram é a Sala dos Brasões. Todos ficam de nariz para o alto procurando os sobrenomes de família, pintados em insígnias no teto.
Diagrama esquemático do teto da Sala de Sintra, em Portugal. Ao centro, o brasão do rei, cercado pelos brasões de sua descendência masculina e feminina. No entorno, os brasões das 72 famílias ilustres à época (1515 a 1520).
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Relação dos sobrenomes representados na Sala de Sintra |
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A - Armas do rei Dom Manuel |
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1 - Noronha |
25 - Azevedo |
49 - Lobato |
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9.Leis da Heráldica
HERÁLDICA FAMILIAR
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Média, com os reis, príncipes e cavaleiros, que em torneios ou batalhas, não podiam ser identificados por causa da pesada armadura (ver origens militares). Por ordem os Heraldos, começaram a adquirir escudos com cores plenas. Mais tarde foram colocadas divisões que significavam cortes em seus escudos durante a guerra. Estes cortes eram perpetuados no escudo como divisões. Depois vieram as figuras fantásticas, como leões, dragões, unicórnios, águias, etc. As famílias começaram a receber estes brasões por hierarquia, merecimento ou serviços prestados ao reino. |
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No império brasileiro, com a vinda da família Real, os brasões existentes foram concedidos as pessoas ilustres que prestavam relevante serviços os País, chamados de títulos nobiliárquicos, sendo que existem apenas 1.340 títulos, é só 240 possuem brasões, estes que na verdade são junções de brasões portugueses.
TÍTULOS DE NOBREZA BRASILEIRA: |
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Sobrenome
Sobrenome ou apelido é a porção do nome do indivíduo que está relacionada com a sua ascendência. Está intimamente ligado ao estudo genealógico
Como os Nomes Surgiram
Conhecer a origem dos sobrenomes poderá indicar de onde certa família descende, no que trabalhavam ou conhecer algumas características dos ancestrais dessa família.
Os primeiros a adquirirem sobrenomes foram os chineses. Algumas lendas sugerem que o Império Fushi decretou o uso de sobrenomes, ou nomes de famílias, por volta de 2.852 a.C. Os chineses tinham normalmente 3 nomes: o sobrenome, que vinha primeiro e era uma das 438 palavras do sagrado poema chinês "Po-Chia-Hsing". O nome de família vinha em seguida, tirado de um poema de 30 personagens adotados por cada família. O nome próprio vinha então por último. Nos tempos antigos os romanos tinham apenas um nome. No entanto mais tarde passaram a usar três nomes. O nome próprio ficava em primeiro e se chamava "praenomen". Depois vinha o "nomem", que designava o clã. O último nome designava a família e é conhecido como "cognomen". Alguns romanos acrescentavam um quarto nome, o "agonomen", para comemorar atos ilustres ou eventos memoráveis. Quando o Império Romano começou a decair, os nomes de família se confundiram e parece que os nomes sozinhos se tornaram costume mais uma vez.
Durante a Idade Média, as pessoas eram conhecidas somente pelo nome próprio. Mas a necessidade de adicionar outro nome para distinguir as pessoas de mesmo nome ganhou popularidade. Então adicionavam alguma característica, ou função que a pessoa exercia, ou então usavam o nome do pai. No século XI o uso de um segundo nome se tornou tão comum que em alguns lugares era considerado vulgar não ter um. Mas mesmo tendo sido o começo para todos os sobrenomes que existem hoje, grande parte dos nomes usado na Idade Média não tem a ver com a família, isto é, nenhum era hereditário.
Em respeito aos nomes hereditários, isto é, os nomes que eram passados de pai para filho, é difícil dizer com exatidão quando foi que eles surgiram, pois foi uma prática que se desenvolveu com o passar de centenas de anos...
O uso moderno dos nomes hereditários é uma prática que se originou na aristocracia veneziana, na Itália, por volta do século X ou XI. Os exploradores, voltando das terras Sagradas e passando pelos portos da Itália, tomaram nota deste costume e o espalharam pela Europa. A França, as ilhas Britânicas, e então a Alemanha e Espanha começaram a aplicar esta prática afim de distinguir os indivíduos que haviam se tornado importantes. Pelos anos de 1370 já se encontra a palavra "sobrenome" em documentos, nas línguas locais. O governo passou a usar cada vez mais papéis, documentos, e deixar registrados seus atos entre todo o mais. Assim cada vez mais foi importante identificar com exatidão as pessoas. Em algumas comunidades nos centros urbanos, os nomes próprios não eram mais suficientes para distinguir as pessoas. No campo, com o direito de sucessão hereditária de terras, era preciso algo que indicasse vínculo com o dono da terra, para que os filhos ou parentes pudessem adquirir a terra, já que qualquer pessoa com o mesmo nome poderia tentar se passar por filho. Acredita-se que até o ano de 1450 a maior parte das pessoas de qualquer nível social tinha um sobrenome hereditário, fixo. Este sobrenome identificava a família, provendo assim uma ligação com o passado desta família, e preservando sua identidade no futuro.
Não é surpresa o fato de que antigamente a prioridade das famílias era ter filhos homens, para manter o nome, afinal, os filhos homens eram quem passava o sobrenome para as novas gerações, e era muito desgosto para uma família não ter nenhum descendente homem.
No começo dos séculos XV e XVI os nomes de família ganharam popularidade na Polônia e na Rússia. Os países escandinavos, amarrados ao seu costume de usar o nome do pai como segundo nome, não usaram nomes de família antes do século XIX. A Turquia esperou até 1933, quando o governo forçou a prática de sobrenomes a ser adotado em seu povo.
Os sobrenomes foram primeiramente usados pela nobreza e ricos latifundiários (senhores feudais), e pouco a pouco foram adotados por comerciantes e plebeus. Os primeiros nomes que permaneceram foram aqueles de barões e latifundiários, que receberam seus nomes a partir de seus feudos e/ou propriedades. Estes nomes se fixaram através da hereditariedade destas terras. Para os membros da classe média e trabalhadores, como as práticas da nobreza eram imitadas, começaram a usar assim os sobrenomes, levando a prática ao uso comum.
É uma tarefa complicada classificar os nomes de família por causa das mudanças de ortografia e pronúncia com o passar dos anos. Muitas palavras antigas tinham significados diferentes na época, ou hoje em dia estão obsoletas. Muitos nomes de família dependeram da competência e discrição de quem os escreveu no registro. O mesmo nome pode muitas vezes estar escrito de diferentes maneiras até mesmo em um documento só. Um exemplo: Carlos Red, que recebeu seu nome por ter cabelos vermelhos (red =vermelho, em inglês), pode ter descendentes prováveis com o sobrenome Reed, Reade, etc.
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10.Formação dos Sobrenomes
Os nomes de família chegaram até nós de diferentes maneiras. A grande maioria dos sobrenomes evoluíram de 4 fontes principais:
Ocupação: John, sendo carpinteiro, cozinheiro, moleiro, alfaiate, se chamaria em inglês, respectivamente, de: John Carpenter, John Cook, John Miller e John Taylor. Um ferreiro, se chamaria em inglês de Smith, um dos sobrenomes mais comuns. Toda vila tinha os seus Smith (ferreiro), Millers (moleiros), Taylors (alfaiates) e Carpenters (carpinteiros), sendo que os Millers de uma vila não tinham necessariamente nenhuma relação com os Millers de outra vila.
Localidade: O John que morava numa colina/montanha (hill, em inglês) pode ter ficado conhecido por John Overhill (over, considera-se 'em cima'). O John que morava perto de um riacho poderia ser chamado de John Brook (brook=arroio, ribeiro). Você pode dizer que um sobrenome deriva de um local quando, por exemplo, termina com:
-hill (em inglês) ou -berg (em alemão), ambos significam montanha, monte; -ford (um vau); -wood (floresta, bosque); -brook (arroio, ribeiro); -well (poço); e assim por diante.
Patronímico (nome do pai): Muitos sobrenomes podem ser reconhecidos como patronímicos pela terminação "Son", que significa "filho", em inglês. Por exemplo: Jackson (Jack-son=filho do Jack); Willianson, Anderson, etc... Outras terminações usadas em outros países que correspondem a "SON" (filho):
Armênia = -ian Dinamarca e Noruega = -sen Finlândia = -nen Grécia = -poulos Espanha = -ez Polônia = -wiecz Prefixos que significam "SON": Gália (galeses) = Ap Escócia e Irlanda = Mac Normandia = Fitz
Na Normandia, John, filho do Randolph, ficaria John fitz-Randolph. Na Escócia, os descendentes, por exemplo, de Gilleain eram conhecidos como MacGilleain e mais tarde abreviava-se para Mc, como McClean, McLane, e etc...
Apesar do nome patronímico ter sido usado por um longo tempo, eles sempre mudavam de geração para geração. Como exemplo, John, filho (son) do William, poderia ser conhecido como "John Williamson", mas o filho dele teria como sobrenome "Johnson", por ser filho (son) do John.
Característica: um homem muito baixo poderia ser chamado, em inglês, de Small, Short, Little ou Lytle. Um homem grande poderia ser então Longfellow, Large, Lang ou Long. Muitas pessoas que tinham características de um animal receberia o nome dele, como por exemplo, uma pessoa travessa, astúcia, poderia ser chamada de FOX (raposa); Um bom nadador, de FISH (peixe); um homem quieto, DOVE (pombo) e assim por diante.
Os sobrenomes que são normalmente engraçados, alguns surpreendentes e por vezes até embaraçosos, são os nomes que provêm das características. Nem sempre se pode levar a sério o significado de um sobrenome comparando com os valores de hoje em dia, pois o significado das palavras mudou durante centenas de anos. Diante do sobrenome inglês "Stout", pode-se interpretar que o titular deste sobrenome era gordo, fortão ou então decidido, resoluto. Muitos sobrenomes têm mais de uma origem. Por exemplo, o sobrenome inglês "Bell" (sino) pode dizer tanto de alguém que morou ou trabalhou onde se toca o sino, quanto alguém que fabricava sinos. Pode ser descendente de alguma Isabel, ou pode ter vindo do francês antigo no qual a palavra "bel" significa beleza, correspondendo então a alguém muito bonito.
Título nobiliárquico
Os títulos nobiliárquicos, de início, foram criados para estabelecer uma relação de vassalagem entre o titular e o monarca. Ao passar dos tempos, foram sendo usados como forma de agraciar pessoas, por atos prestados, à casa real, ao monarca ou ao país.
A relação de autoridade dos títulos nobiliárquicos é a seguinte em ordem decrescente .
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Imperador |
Príncipe Real | Duque (mais importante da Família Real) |
Conde
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| Rei | Príncipe | Marquês |
Conde-Barão (título português oitocentista, atribuído aos condes e barões do Alvito) |
| Príncipe Monarca | Infante | Barão | Visconde |
| Grão-Príncipe | Grão-Duque | Baronete | Cavaleiro |
| Eleitor (título do Sacro Império Romano-Germânico, entre Rei e Príncipe) | Arquiduque | Margrave (título do Sacro Império Romano-Germânico, entre Duque e Conde) | |
| Príncipe Imperial |
Landgrave
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Conde palatino (título do Sacro Império Romano-Germânico, entre Magrave e Conde) |
11.Páginas sobre heráldica
The College of Arms :Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales
Court of the Lord Lyon : da Escócia
Office of the Chief Herald :da Irlanda
Autoridade Heráldica Canadense
Heráldica Galvão-Brasões de Família :do Brasil
Benzi - Sobrenomes-Brasões de Família :do Brasil
Atelier Heráldico :do Brasil
Museu Medieval do Brasil
The Heraldry Society of Scotland
The Royal Heraldry Society of Canada
A Heraldic Primer (Society for Creative Anachronism)
Sociedade Brasileira de Heráldica
Software para a criação de brasões :(não comercial)
Armorial de Orkney-Brasões de Família
Heráldica em português e desenhos de brasões