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População: 3.947.102 hab
Superfície : 22124 km2
Capital:Bolonha (BO)
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Províncias -9 |
Comunas-342 |
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Bolonha(BO) |
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Ferrara(FE) |
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Modena(MO) |
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Parma(PM) |
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Ravenna (RA |
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Rimini(RM) |
A Região de Emília-Romana, às vezes referida em português apenas como Emília, é uma região situada no Norte da Itália com 4 milhões de habitantes e uma área de 22.124 quilômetros quadrados, cuja capital é Bolonha. Tem limites ao Norte com a Região de Vêneto e a Região da Lombardia, a Oeste com a Região de Piemonte e Região de Liguria, ao Sul com a Região de Toscana e com a República de San Marino.
Essa região é composta da união de duas Regiões Históricas, a Emília, que compreende as Províncias de Piacenza, Parma, Reggio Emília, Módena e parte da Província de Bolonha, com a capital, e a Romana, com as restantes Províncias de Ravenna, Rimini, Forli-Cesena e a parte oriental da Província de Bolonha. A Romana Histórica compreende também territórios na Região de Marche e na Região de Toscana.
Os Pórticos dão abrigo e sombra aos passeios pelas ruas do centro histórico de Bolonha.
Emilia Romana a infinita e multicolorida profusão de guarda-sóis nas ensolaradas praias da Romana. A cidade moderna, dinâmica, rica, mas ainda capaz de preservar a sua "face humana", e a longa costa, repleta de turistas atraídos pelo irresistível trinômio sol-mar-diversão. É essa a Emilia-Romana?Sim, é essa. E muito mais ainda, começando pelo seu extraordinário patrimônio histórico, artístico e cultural. Uma das regiões mais prósperas da Itália, a Emilia-Romana é um gigantesco estojo cheio de jóias monumentais e de obras-primas de arte, de universidades antigas e famosas, de modernos centros de formação artística e cultural. Em Bolonha, sede da mais antiga universidade italiana (século XI), são realmente inúmeros os monumentos de grande nível artístico. Lembremos apenas as duas velhas e espetaculares Torres dos Asinelli e da Garisenda, ambas pendentes, e a Piazza Maggiore, com os seus grandes edifícios medievais, e o gótico Duomo di S. Petronio, onde Carlos V foi coroado imperador, em 1530. Fora de Bolonha, são imperdíveis as obras-primas bizantinas de Ravenna, o Batistério medieval de Benedetto Antelami em Parma, o Templo malatestiano deRimini, a igreja românica de S.Mercuriale em Forli-Cesena o velho Palazzo Comunale de Piacenza, o Santuário da Madonna della Ghiara, do século XVII, em Reggio Emilia, a esplêndida Galleria Estense de Módena, o harmonioso e intacto centro histórico de Ferrara. E bom apetite. Mas o que isso tem a ver? Entrem num restaurante da Emilia-Romana e verão.
Em uma paisagem agrária, fortemente marcada pelo trabalho do homem, vicejam cidades de grandes tradições históricas, musicais e gastronômicas, ricas de dignidade e de notáveis obras de arte.
A Emilia-Romagna está dividida entre os mundos da planície e da montanha, e esta sua dupla alma é salientada pelo percurso de um eixo rodoviário de fundamental importancia: a romana Via Emilia, que a corta na diagonal. Ao norte, extende-se a margem direita da ampla e fértil planície do rio Pó; ao sul, a cadeia dos Apenínos, alternando doces colinas com íngremes encostas, até afunilar-se em uma sucessão de cumes escarpados tanto a oeste, na divisa com a Ligúria, como a leste, do lado da Romagna; esta, por sua vez, confinando a leste com o longo e baixo areal da costa do mar Adriático.
Habitada desde a antigüidade pelo Lígures e pelos Úmbrios, e depois pelos Etruscos, a região sofreu a invasão dos Galos Boi, que a dominaram em boa parte, até que todas essas populações foram subjugadas pela conquista romana.Entre os Séc. V e VI, nos estertores do império sob as invasões dos bárbaros, a Emilia adquiriu importância graças ao rol de Ravenna, na atual Romagna, como capital do Império Romano de Ocidente e sede dos últimos imperadores na Itália, até a definitiva prevalência do Império Romano de Oriente e da sua capital Bizâncio - que perduraram por quase outros mil anos, até a queda final do império bizantino por mão dos turcos otomanos, em 1453.
Na segunda metade do Séc. VI, os Longobardos tiraram do Esarcato romano-bizantino o domínio dos territórios do oeste, com Reggio E., Parma e Piacenza. Após o ano Mil, desenhou-se uma nova configuração política, pois as cidades franquearam-se aos poucos do poder feudal, substituindo-o por laços com os vários bispados locais. Esta nova dinâmica levou à era das Comunas, que se fortaleceram na primeira metade do Séc. XII. O esgotamento desta experiência, e a deriva para a Signoria (Séc. XIII - XV), causou uma involução tanto política, quanto econômica, pois as famílias principescas, como os D' Este em Ferrara, os Visconti - e depois os Farnese - em Parma e Piacenza, os Malatesta em Rímini, se, por um lado, favoreceram a florescimento das artes, por outro espoliaram seus súditos por meio dos pesados impostos, criando um hiato entre instituções e cidadania, que permanece até hoje como um traço do caráter nacional. No fim do Quinhentos, o Estado da Igreja logrou reconquistar o território de Ferrara, deixando à família D' Este só o ducado de Modena e Reggio. No Setecentos, o ducado de Parma e Piacenza, até então sob os Farnese, passou à regência dos Bourbons e, com o advento de Napoleão, de sua mulher Maria Luisa de Aústria, a qual o mantive mesmo após a Restauração post-napoleônica pelo Congresso de Viena. Em 1860, a Emilia-Romagna, finalmente unificada, passou a fazer parte do Reino da Itália.
Os primeiros aldeamentos de alguma importância remontam à época pré-romana, mas foram os Romanos a incidir mais profundamente no ambiente, fundando novas cidades nos vales, abrindo grandes estradas e dividindo - conforme a sua prática já aplicada em outras regiões como a atual Lombardia - o território em "centúrias", dadas em usufruto aos colonos (em boa parte, os próprios ex-soldados das legiões), que alí se estabeleciam. No início do Séc. V, Ravenna ganhou como dito importância como capital do Império de Ocidente, enriquecendo-se assim de monumentos e obras de arte, como as magníficas basílicas, os batistérios, os mausoléus e, especialmente, os extraordinários mosaicos dourados - depois herdados pelo mundo greco-bizantino-ortodoxo do Império de Oriente. A posterior dominação dos Longobardos, sobrepondo-se à hegemonia romano-bizantina, levou ao fracionamento das propriedades rurais e à descentralização do sistema econômico.
Na Idade Média, os núcleos de agregação urbana foram principalmenteos os castelos e as igrejas paroquiais, sendo que os primeiros surgiram obviamente em locais altos e de difícil acesso, com funções de vigia e de defesa: entre os exemplos mais sugestívos, estão Brugnello Val Trébbia, Rocca di Bardi e Rocca di Lerma. O campo foi por sua vez reorganizado com base em uma rede de paróquias ('pievi'), pequenos centros religiosos também com função de cincunscrições cíveis; além de grandes monastérios das ordens contemplativas, com importância também cultural (Bobbio, Chiaravalle, Nonantola, Pomposa). Ao passo que nos Apeninos, entre os Séc. XII e XIV, surgiram numerosas aldeias nas encostas dos vales. A época das Comunas deu impulso à expansão das cidades, que tiveram ampliadas as muralhas defensivas, criada a infra-estrutura para a vida civil e os comércios, e levantadas novas e representativas construções, como as grandes catedrais românicas (Duomo de Modena e de Parma, e catedrais de Piacenza e de Ferrara), e os palácios comunais. A expansão demográfica resultante deste período de intenso desenvolvimento econômico e social levou ao surgimento de novos povoados nas áreas bonificadas ao redor das grandes cidades. Estes, geralmente com planta retangular e ruas em ortogonal, foram por sua vez cercados por muralhas e acolheram o excedente da população urbana: exemplos dessa fase são Castelfranco, Rubiera, Novi, S. Ilário, Finale, Cento, Reggiolo.
Ao longo do tempo, vieram assim tomando forma diferentes modelos de ocupação urbana:as cidades ducais, como Carpi, Guastalla, Mirándola, que floresceram no período da Renascença e apresentam um prospecto monumental, com grandes praças e palácios; as praças-fortes de origem feudal (difundidas sobretudo na Romagna e no Apenino setentrional), como Vigoleno e Castell' Arquato, aninhadas ao redor de castelos com serrventia eminentemente estratégico-militar; os centros agrícolas da planície, que na região norte se adensam ao redor de importantes nós rodoviários da malha ortogonal das "centurias" romanas (Solarolo, Massa Lombarda, Bagnara, Cotignola), enquanto ao sul estão mais espalhados ao longo dos rios (Villanova, Godo, Bagnarola); os burgos renascentistas, surgidos no Quinhentos em acordo com as novas teorias da perspectiva espacial próprias daquele período, como Cortemaggiore e Terra del Sole (esta, fundada pelos Médici de Florença); as aldeias de pescadores, muito caracterizadas em lugares como Comacchio - ligada aos modelos da vizinha laguna vêneta -, Cérvia e Cesenático; e, finalmente, os povoados rurais em pedra característicos da zona apenínica, construídos com chapas de ardósia sobrepostas sem argamassa (por exemplo, Montecreto, Fanano, Ceresola, Roccaprebalza, Lago).
Apesar da diversidade , na maioria dos centros da Emilia-Romagna é possível encontrar elementos em comum, como a extensa presença de pórticos das mais variadas épocas, devido às necessidades de uma economia agrícolo-comercial; o uso predominante de tijolos em argila, realçando a homogeneidade do conjunto das edificações; e, sobretudo, o grande número de teatros líricos (entre todos, o Teatro Farnese de Parma).
Economia regional
A tradição econômica da Emilia-Romagna remete à agricultura. O desenvolvimento industrial permite transformação em produtos alimentares. Outros setores de relevância são o metal-mecânico, o têxtil, o de vidros, o farmacêutico, o mobiliário e o de produtos de construção.
A posição estratégica transformou Bologna em importante centro de comunicação entre as regiões Norte e Sul da Itália. Isso fez com que se desenvolvesse também como relevante centro comercial. O porto de Ravenna merece destaque. Há grandes refinarias sediadas em seu entorno.
A pesca é intensamente praticada na região, seja marítima como no célebre Valli di Comacchio. Há criação de bovinos e suínos. O turismo é bastante desenvolvido, representando uma dos mais fortes pontos econômicos da região.
Turismo
Os pórticos que dão abrigo e sombra aos passeios pelas ruas do centro histórico de Bologna e a infinita e multicolorida profusão de guarda-sóis nas ensolaradas praias da Romagna. A cidade moderna, dinâmica, rica, mas ainda capaz de preservar a sua face humana, e a longa costa, repleta de turistas atraídos pelo irresistível trinômio sol-mar-diversão.
É essa a Emilia-Romagna? Sim, é essa. E muito mais ainda, começando pelo seu extraordinário patrimônio histórico, artístico e cultural. Uma das regiões mais prósperas da Itália, a Emilia-Romagna é um gigantesco estojo cheio de jóias monumentais e de obras-primas de arte, de universidades antigas e famosas, de modernos centros de formação artística e cultural.
Em Bologna, sede da mais antiga universidade italiana, que data do século XI, são realmente inúmeros os monumentos de grande nível artístico. Lembremos apenas as duas velhas e espetaculares Torres dos Asinelli e da Garisenda, ambas pendentes, a Piazza Maggiore, com os seus grandes edifícios medievais, e o gótico Duomo di S. Petronio, onde Carlos V foi coroado imperador, em 1530.
Fora de Bologna, são imperdíveis as obras-primas bizantinas de Ravenna, o Batistério medieval de Benedetto Antelami em Parma, o Templo malatestiano de Rimini, a igreja românica de S.Mercuriale em Forlì, o velho Palazzo Comunale de Piacenza, o Santuário da Madonna della Ghiara, do século XVII, em Reggio Emilia, a esplêndida Galleria Estense de Modena e o harmonioso e intacto centro histórico de Ferrara.
E tenham bom apetite. Mas o que isso tem a ver? Entrem num restaurante da Emilia-Romagna e verão.
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Storia Emilia-Romagna |
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Original em italiano
Romagna, Romagna mia, |
Português
Romana, Romana minha, |